sábado, 25 de fevereiro de 2012

A preguiça


Todos os dias penso: amanhã não me deitarei sem tirar o rímel e lavar a cara... Todos sabem o quanto faz mal à pele, sobretudo quando não estamos a emagrecer na idade e o peso do tempo que vamos vivendo tem esta fantástica apetência pelo nosso rosto (e ancas e etc, mas isso ficará para outro texto).
No entanto, e apesar da intenção e da aparente inabalável decisão, lá estão as marcas negras da minha preguiça todas as manhãs a apontarem-me o dedo na fronha que se pretendia branca e imaculada
Danada da preguiça e malvados preços dos bons cremes ou espumas desmaquilhantes. Agarro-me à crise para desculpabilizar o desleixo, e chamo desleixo ao facto de actos tão simples,como lavar a cara, serem entendidoscomo um luxo , um gasto supérfluo a que não me posso dar.
Melhor chamar preguiça que tristeza e deprimir-me por estes tempos tão duros.
Esperemos nunca ouvir o corpo queixar-se da falta de pão para a boca...
Sim, chamemos apenas preguiça a tudo isto...
Façamos de conta que não se passa nada...
Amanhã lavarei...

4 comentários:

Anônimo disse...

Estás a falar de amor.
De amor próprio.
Quando nos olhamos no espelho e encontramos algo inesperado, há por vezes essa tendência para adormecer e encontrar fora de nós os responsáveis pelas nossas dores e descrença.
Acredita que há quem te veja na essência, como és e sempre serás. Cuida de ti.

Medeia disse...

Bom, na verdade o meu amor próprio não está assim tão por baixo... Continuo gira (riso...) Mesmo aos 40 (quase...)
Estava mesmo a falar da falta de guito... E isso, sim, é uma coisa que não pode ser salva por cremes nem ginásios.
Também ainda me vejo a mim própria. Os outros... Problema deles, esses são um inferno como diria o Jean Paul S.
Agradeço, de qualquer forma, e recolho o meu espírito como diz o outro.

Medeia disse...

E é verdade... Sou mesmo preguiçosa...

Anônimo disse...

:-)