sábado, 17 de março de 2012

Lirismo...



Haverá sempre um pomar nas minhas memórias... Sempre uma laranja a arder por entre as recordações dum tempo de grande pureza e juventude. Recordo o meu canto, os meus sonhos, quando a vida e o futuro tinham o brilho deste fruto e o sumo do universo parecia caber-me nas mãos. Quando olhamos para trás, tudo é mais belo do que a nossa perceção quando de facto vivemos os momentos que fazem de nós o que somos hoje.
Para sempre o cheiro dos frutos que amadureciam.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Ainda nos primeiros anos...




Toda a minha adolescência foi passada "nos braços" de Pessoa. Tinha uma fotografia do grande poeta na cabeceira. Aos 16 já tinha lido alguns ensaios, nomeadamente a obra "Diversidade e unidade em Fenando Pessoa" de Jacinto do Prado Coelho e tinha quase tosdos os livros publicados pela Ática e nunca largava a fotobiografia da Imprensa Nacional. Muitos tinham-me sido oferecidos pela minha irmã que sabia da minha "panca", outros, como os de ensaio/estudo, procurava-os e comprava-os eu quando esgravatava a antiga livraria do Faraó, nmum tempo em que não existiam fóruns nem fnacs.
Depois, já na faculdade, ir ao Paulo Quintela apreciar a "Ode Marítima" era qualquer coisa de natural e lógico. Foi muito bom. Outro nmomento para guardar.

domingo, 4 de março de 2012

1ª Queima... esteve lá o tio Sérgio




A música que gostaria tivesse sido escrita para mim!
Que mulher feliz, esta destinatária!

Primeiros anos nesta cidade II...

Palavras?
TAGV o meu primeiro espetáculo "a sério" nesta sala... Noite memorável. Ficará para sempre guardada cá dentro.

Primeiros anos de Medeia nesta cidade... (início da década de 90)

Um filme fantástico, no seu género. Musicas que ficaram para sempre... Para sempre o calor das mãos dentro da noite no cinema. O som do inspirar lento dos jovens apaixonados. Bela imagem. Dentro e fora do ecrã.
Boas noites.

sábado, 3 de março de 2012

Estórias do meu modo funcionário de viver...


A A. R. deve de ter cerca de 15 anos. No primeiro período parecia-me promissora. Perdeu-se um pouco, entretanto. Creio que é para ela muito mais interesante a conversa com alguns outros jovens que se sentam ao fundo da sala do que ouvir que Camões imita e supera as suas fontes literárias, ou que Vénus é a figura feminina paradigmática da nossa epopeia, ou que existe uma lógica evidente a unir os vários planos narrativos e que as abundantes figuras de estilo, aparentemente tão complicadas, são usadas por nós no dia a dia, como a metonímia que vulgarmente utilizamos, quando dizemos, por exemplo, que temos um Picasso na parede da sala ou pedimos um "cimbalino" numa chávena escaldada...
Bom, esta minha jovem "amiga", que olha para mim, quando a chamo a atenção, com aqueles olhos e sorrisos que dizem "não é nada contra si, mas isto não me interessa nada...", virou-se, um dia destes, e disse: "a setôra fala disto com um entusiasmo... é como nós quando estamos no facebook e quando falamos dos nossos amigos..."
De facto, os meus maiores amigos, o meu facebook, é feito de papel... lembrei-me com saudosismo do tempo em que estudava até às 6 da manhã "Os Lusíadas"ou traduzia epigramas de Marcial...
Apesar das conversas paralelas, creio que eles me veem.
Foi isso que a A. R. me disse.
Obrigada.

sexta-feira, 2 de março de 2012

A Naifa II - Agora para ouvir e antecipar...

A Naifa - Não se deitam comigo corações obedientes

4º disco. Edição pós perda de João Aguardela. Um novo fôlego. Vivamente aconselhado. Ao vivo na Oficina Municipal do Teatro, dia 9 do corrente.
Lá estarei (depois de resolver o que faço às minhas crianças...).
Espero.