quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O Courbet de que se fala...

Nem é preciso palavras.
Aquilo de que se fala.
Eu, or mim, só lamento não ir agora a correr muito ver esta belíssima obra em loco...
Obrigada às famílias sensíveis, obrigada aos agentes zelosos... A cultura geral dos Portugueses foi melhorada!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

E esta....

Experimentei e foi este o resultado, não deixa de ser curioso...






You're The Sound and the Fury!

by William Faulkner

Strong-willed but deeply confused, you are trying to come to grips
with a major crisis in your life. You can see many different perspectives on the issue,
but you're mostly overwhelmed with despair at what you've lost. People often have a hard
time understanding you, but they have some vague sense that you must be brilliant
anyway. Ultimately, you signify nothing.



Take the Book Quiz
at the Blue Pyramid.

O lado de cá da lua



É por entre a sombra que se calará a música. Silêncio definitivo ou solidão ou morte ou o que se disser disto e dito que seja será em voz baixa, um sopro, uma brisa que nem se possa sentir como mais do que o nada. Só escuridão do lado onde não se reflectem brilhos nem sons. E, está bem, que fique a crença na existência de um lado de lá.

Havana no interior de mim


Há automóveis às cores pelas ruas de Havana.
Arrastam no rasto da chuva mole e quente o som do metal gasto como uma engrenagem que não presta.
Não se ouvem pássaros neste chão húmido que é só uma miragem, uma sombra que se abre por dentro dos olhos que estão cerrados na noite. Único leito. Único céu.
Porque só existe o que não pode ser dia.
Porque só existe a cor daquilo que foi outrora qualquer coisa que não chegou a ser mais do que isto: um resto gasto de máquina e quase nada.

Perdido de amor, 1916 - GROSZ


Um coração está sempre onde pensamos que está do mesmo lado, certo, batendo com precisão, metodicamente funcional, importante no seu lugar vital, vizinho da mesma morte.
Agitamo-lo entre os dedos e esmagamos esse suco dentro do copo em que nos tragamos num brinde ridículo a qualquer coisa sem nome, qualquer coisa fria e metálica que é sombra alojada na ferida que trazemos pendurada na lapela.
O nosso troféu é aniquilarmos essa voz e, uma vez misturado com duas pedras de gelo, engolirmos golo a golo essa engrenagem de carne e músculo. Golo a golo, certeiro, tiro a tiro, até não que não se ouçam bater as suas asas vermelhas.