sábado, 31 de janeiro de 2009

Ontem

Foi mais ou menos assim... Ontem. Uma festa.



sábado, 24 de janeiro de 2009

(Eu não) ouvi dizer...

Aqui está uma recordação do fundo da arca das lembranças...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Encontro de palavras dentro da música...



Esta belíssima canção inspira-se nestas belíssimas palavras do poeta Frederico García Lorca. Ora vede:

Pequena Valsa Vienense (F. G. L.)

Em Viena há dez raparigas,
um ombro onde a morte soluça
e um bosque de pombas dissecadas.
Há um fragmento de manhã
no museu da geada.
Há um salão com mil janelas.

Ai, ai, ai, ai!
Toma esta valsa com a boca fechada.

Esta valsa, esta valsa, esta valsa,
de sim, de morte e de conhaque
que molha sua cauda no mar.

Quero-te, quero-te, quero-te,
com a poltrona e o livro morto,
pelo tristonho corredor,
no sótão escuro do lírio,
na nossa cama da lua
e na dança que sonha a tartaruga.

Ai, ai, ai, ai!
Toma esta valsa de quebrada cintura.

Em Viena há quatro espelhos
onde brincam tua boca e os ecos.
Há uma morte para piano
que pinta de azul os rapazes.
Há mendigos pelos telhados.
Há frescas grinaldas de pranto.

Ai, ai, ai, ai!
Toma esta valsa que morre em meus braços.

Porque eu quero-te, quero-te, meu amor,
no sótão onde brincam as crianças,
sonhando velhas luzes da Hungria
pelos rumores da tarde morna,
vendo ovelhas e lírios de neve
no silêncio escuro de tua fronte.

Ai, ai, ai, ai!
Toma esta valsa do «Quero-te sempre».

Em Viena dançarei contigo
com um disfarce que tenha
cabeça de rio.
Olha que margens tenho de jacintos!
Deixarei minha boca entre tuas pernas,
minha alma em fotografias e açucenas,
e nas ondas escuras do teu andar
quero, meu amor, meu amor, deixar,
violino e sepulcro, as fitas da valsa.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Pressão


E não podemos porquê?
Tem de ser esta sensação de uma chuva que se derrama sobre nós e nos engole?
Odeio as eólicas e as árvores do caminho,
os automóveis, os semáforos, as contas com os números das matrículas para manter vivo o cérebro,
a língua dormente contra o sono...
Odeio as horas e a geada,
o cheiro da alcatifa por limpar há meses,
o lap-top aos tombos,
os sarilhos, os gritos, os corredores...
E o baile? A vida que nos prometem ao nascer? Onde pára o sol e a música que nos prende à terra o coração?




Mm ba ba de
Um bum ba de
Um bu bu bum da de
Pressure pushing down on me
Pressing down on you no man ask for
Under pressure - that burns a building down
Splits a family in two
Puts people on streets
Um ba ba be
Um ba ba be
De day da
Ee day da - that's o.k.
It's the terror of knowing
What the world is about
Watching some good friends
Screaming 'Let me out'
Pray tomorrow - gets me higher
Pressure on people - people on streets
Day day de mm hm
Da da da ba ba
O.k.Chippin' around - kick my brains around the floor
These are the days it never rains but it pours
Ee do ba be
Ee da ba ba ba
Um bo bo
Be lap
People on streets - ee da de da de
People on streets - ee da de da de da de da
It's the terror of knowing
What this world is about
Watching some good friends
Screaming 'Let me out'
Pray tomorrow - gets me higher high high
Pressure on people - people on streets
Turned away from it all like a blind man
Sat on a fence but it don't work
Keep coming up with love but it's so slashed and torn
Why - why - why ?
Love love love love love
Insanity laughs under pressure we're cracking
Can't we give ourselves one more chance
Why can't we give love that one more chance
Why can't we give love give love give love give love
give love give love give love give love give love
'Cause love's such an old fashioned word
And love dares you to care for
The people on the edge of the nightA
nd loves dares you to change our way of
Caring about ourselves
This is our last dance
This is our last dance
This is ourselves
Under pressureUnder pressure
Pressure

Paris ou o beijo republicado....



Vem a Paris, caminharemos juntos. Nós que não sabemos o contorno de que são feitas as sombras, que não tropeçamos no lugar-comum das pedras da calçada, resistiremos ao frio do vazio que nos enche os bolsos, à humiade pegajosa daquilo que não podemos ser...Caminharemos juntos e talvez, guardando debaixo da língua a imprecisão do beijo que não demos na cidade onde nunca estivemos, sejamos capazes de caminhar lado a lado de tão juntos.

(foto de Bresson)