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É ontem.
Ardem velas, corações iluminados de cera.
Sobem as canções como fumo, os beijos e os abraços que não tive enchem o espaço do tempo que não é hoje senão nestas linhas.
As bocas sabem a terem sido beijadas dentro do sonho, dentro do esboço a carvão.
Esse dia que passou.
Esse dia que seria meu se fosse hoje e não tivesse sido alguma coisa distante.
Alguma coisa de passado como o que disse sobre tantas palavras escritas a negro e a cinza.
Sopro as velas. Apagam-se as linhas do coração.
É apenas o dia de hoje.
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