sexta-feira, 28 de maio de 2010

Ainda não...


Ainda não...
Ainda não se esgotaram os olhos fechados.
Ainda não canta nenhum rio e já não há corpo.
Ainda é tarde para abrir as mãos e nunca será cedo
( já não há tempo, para seguir o rumo dos dedos)
Ainda não posso usar a voz e os lábios cerram-se sobre um cós interior apertado.
Ainda são cegos.
Ainda os nós.
Ainda não.
Eu, ainda.

Um comentário:

Medeia disse...

porque uma imagem vale por vários estados de espírito...