Procuro como quem arranha na terra. As palavras. Cravando as unhas no coração das árvores ardem. As palavras.
Percorro-me como se fosse qualquer coisa de exterior, um objecto estranho na paisagem do rio que é o meu corpo, mas não estão nas águas. As palavras.
Cuspo o sangue pensando que a boca guardava o que do coração partiu mas sufoco e não as tenho nas mãos. As palavras.
Secas. Duras. Feridas que são poços.
As palavras.
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