Às vezes pressente-se a sombra da porta. Nem sempre lá está. Lá, nesse terrível fundo emaranhado de raízes que irrompem da base do que somos.
Há sempre a possibilidade, a escolha, exactamente como a porta que se abre, que se fecha ou que se deixa entreaberta num misto de descuido e intenção.
A porta não é mais do que isso: a pálpebra com que nos olhamos à força do sol que nos pesa, do sono que nos invade ou quando sorrimos por dentro dos olhos que nos beijam.
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